sábado, 26 de dezembro de 2009
Implantes Tecnológicos: Mente e máquina agora juntos
Os implantes tecnológicos já ajudam paralíticos e surdos. A possibilidade de que no futuro ampliem a capacidade cerebral reabre o debate ético
Se a história universal ou a mecânica quântica já cabem em um “pen drive”, por que não podemos enfiar o pen drive diretamente em nosso cérebro? Assim poderíamos adquirir esses conhecimentos de forma instantânea. Com conexões diretas semelhantes, talvez pudéssemos nos enxertar uma espécie de Google na cabeça para buscar em nossa memória, ou ampliar nossa inteligência acoplando-a às modernas redes neurais e outros programas que aprendem com a experiência.
Esses casos concretos de interface mente-máquina ainda pertencem ao campo da ficção científica. Mas há outros que caminham entre nós e que já servem para examinar muitos dos problemas - técnicos e éticos - que previsivelmente decorrerão do futuro desenvolvimento dessas técnicas. Jens Clausen, do Instituto de Ética e História da Medicina da Universidade de Tübingen, Alemanha, analisa a questão na revista “Nature” e respondeu na semana passada às perguntas de El País.
“Discutir o acoplamento entre mente e máquina é tão velho quanto o filme ‘Metropolis‘”, diz Clausen. “O novo é que a conexão de um cérebro humano com um computador através de microeletrodos implantáveis é hoje uma opção científica real.”
A forma mais difundida dessas interfaces diretas são os implantes de cóclea no ouvido interno (imagem ao lado), usados para ajudar as pessoas surdas. Um microfone capta os sons e os envia para um pequeno computador, que contém um sistema processador de fala. O sinal processado é enviado para um receptor na cóclea, no ouvido interno, que estimula diretamente os neurônios do nervo auditivo que se comunicam com o cérebro.
Se isso ainda não parece uma interface mente-máquina, começará a parecer em pouco tempo. “As pessoas que têm o nervo auditivo danificado não podem se beneficiar desse sistema”, diz Clausen, “e já entraram em testes clínicos dispositivos semelhantes que, em vez da cóclea, são implantados diretamente nas áreas acusticamente relevantes do cérebro.” No fundo, a diferença são alguns poucos centímetros.
Outro caso são os integrantes de painéis de microeletrodos na retina dos cegos. Os sistemas que foram testados têm uma resolução muito parcial, mas mesmo assim bastam para que os pacientes evitem um galho de árvore quando andam pela rua, por exemplo, e também para distinguir entre um prato e um copo, ou para saber para onde estão se movendo os objetos à sua frente.
Esses eletrodos costumam receber os sinais de câmeras sem fio acopladas aos óculos, e depois os transmitem diretamente para os neurônios do nervo ótico. Dali chegam ao córtex visual primário, situado junto à nuca. Seu principal objetivo foi até agora os pacientes de retinite pigmentosa, um conjunto de enfermidades congênitas que causam cegueira através da degeneração das células fotorreceptoras da retina.
Mas, assim como com os implantes cocleares, os cientistas já estão testando versões que se conectam diretamente às áreas visuais do córtex cerebral. Só essas variantes poderão ajudar as pessoas que, diferentemente dos pacientes de retinite pigmentosa, tenham danificado o próprio nervo ótico.
A estimulação profunda do cérebro (”deep brain stimulation”, ou DBS, em inglês) já foi utilizada em cerca de 30 mil pacientes de Parkinson no mundo (imagem abaixo). Um pequeno computador subcutâneo envia sinais elétricos para eletrodos implantados profundamente no cérebro, para estimular os núcleos subtalâmicos afetados pela doença.
A técnica começa a ser estendida às fases mais precoces do Parkinson, e suas variantes estão sendo examinadas para o tratamento de outras doenças neurológicas.
Talvez as aplicações que mais se aproximam do futuro são as que permitem a um animal cobaia - e ocasionalmente um voluntário humano - mover objetos, membros mecânicos ou o cursor de um computador com a mente: quer dizer, só de pensar ou imaginar uma ação dentro de sua cabeça.
Em seres humanos isso foi testado com técnicas não invasivas, como um capacete eletroencefalográfico que capta as grandes ondas cerebrais, mas a precisão obtida é muito maior com eletrodos implantados no cérebro.
A implantação de eletrodos nas áreas motoras do córtex (as que normalmente dirigem os movimentos do corpo) está sendo testada há tempo em macacos e inclusive em pacientes humanos paralisados. Em alguns experimentos avançados com macacos, os movimentos são quase tão rápidos e precisos quanto os de um braço normal.
Um aspecto importante dessas últimas pesquisas é que os neurônios exatos acionados pelos eletrodos (entre 18 e 64, segundo o experimento) são selecionados ao acaso. Isso implica que, se o experimento funcionar, não é porque os cientistas conseguiram conectar a um computador o circuito neuronal exato que normalmente dirige esses movimentos (que, entre outras coisas, não se conhece, e provavelmente inclui vários milhões de neurônios, e não 18). Simplesmente o macaco aprende a modular a atividade dos 18 neurônios que acionaram mais ou menos ao acaso.
“Os avanços recentes nas neurociências, junto com a progressiva miniaturização dos sistemas eletrônicos, estão tornando possível a conexão de componentes técnicos às estruturas cerebrais”, diz Clausen. “É uma grande promessa para as pessoas paralisadas, porque representa a possibilidade de superar a lesão neurológica, onde a transmissão dos sinais do cérebro aos músculos é interrompida.”
A ideia por enquanto é que os sinais cerebrais sejam usados para movimentar pernas ou braços mecânicos. Mas o cientista não descarta a possibilidade de que “algum dia, no futuro, esses avanços possam restaurar o controle motor dos próprios membros naturais”.
Ninguém coloca objeções éticas à conexão entre cérebro e máquina quando o que se pretende é tratar uma doença ou melhorar as condições de vida das pessoas cegas, surdas ou paralisadas por um acidente. Outra questão é aplicar essas técnicas à melhora das capacidades naturais da mente humana, como nos exemplos futuristas do primeiro parágrafo.
Um primeiro problema, embora pareça trivial, é que seria preciso experimentar com pessoas saudáveis. Isso é comum nos testes clínicos de fase 1 (onde não se põe à prova a eficácia de um medicamento, mas sua segurança), mas os riscos de algumas intervenções cerebrais são altos demais para justificar seu uso em um voluntário são, pelo menos na atualidade.
Além disso, como essas tecnologias são bastante novas, seus efeitos em longo prazo são uma incógnita. O risco de sofrer um dano cerebral causado pela intervenção cirúrgica não compensaria os benefícios hipotéticos que uma pessoa sã poderia tirar de uma pesquisa desse tipo.
“Usar uma técnica com o objetivo explícito de melhorar as qualidades humanas envolve maiores exigências de segurança que sua aplicação médica”, explica Clausen. “No segundo caso, os riscos são aceitos em troca de melhorar a saúde ou mesmo de salvar a vida; mas esses mesmos riscos seriam inaceitáveis no primeiro.”
Nos dispositivos controlados pelo cérebro - como as atuais próteses mecânicas -, os sinais emitidos pelos neurônios devem ser interpretados, ou decodificados, por um computador antes de poderem ser lidos pelo membro artificial. A função do computador é prever os movimentos que o usuário quer executar. E todo sistema de previsão tem suas falhas.
“Isso conduzirá a situações perigosas, ou no mínimo embaraçosas”, prevê o cientista alemão. “Quem é responsável por um ato involuntário? Foi culpa do computador ou do cérebro? O usuário precisará de uma carteira de motorista e um seguro obrigatório para conduzir uma prótese?”
Esses problemas são, na realidade, semelhantes aos que a indústria do automóvel se coloca em relação aos dispositivos automáticos de condução. Também lembram as discussões jurídicas provocadas pela genética e as neurociências. Mas as tentativas de atribuir a responsabilidade penal por um comportamento belicoso aos genes do acusado ou a seus circuitos cerebrais não tiveram êxito em nenhum tribunal.
“Os seres humanos costumam manipular ferramentas tão perigosas e imprevisíveis quanto os carros e as pistolas”, diz Clausen. “A interface entre cérebro e máquina é um caso altamente sofisticado de uso de ferramentas, mas não deixa de ser um caso. Aos olhos da lei, a responsabilidade não deveria ser muito mais difícil de esclarecer.”
Outro campo de preocupação é que as máquinas possam mudar o cérebro. Por exemplo, embora a estimulação com eletrodos ajude pacientes de Parkinson que não respondem aos tratamentos farmacológicos, também apresenta uma maior incidência de efeitos secundários psiquiátricos, mudanças de personalidade e suicídios.
Mas isso tampouco é uma peculiaridade dessas tecnologias. Em 2004, por exemplo, a agência de alimentos e drogas dos EUA (FDA) fez que os prospectos de alguns antidepressivos fizessem constar certo aumento do risco de suicídio em adolescentes e nas primeiras fases do tratamento, associado ao uso desses fármacos. O habitual nesses casos não é renunciar aos tratamentos, mas sopesar os riscos e benefícios, informar, prevenir e respeitar as decisões autônomas que o paciente toma.
Há outras fontes de conflito ético que são mais inesperadas, como o das pessoas da comunidade surda que recusam os transplantes de cóclea. Essas pessoas não consideram a surdez uma incapacidade, mas uma espécie de “identidade cultural”. Para elas, portanto, os implantes são um caso de tecnologia a serviço da melhora das qualidades humanas naturais.
Um caso extremo desse conceito de mundo veio à luz em 2006, quando Sharon Duchesnau e Candace McCullough, duas mulheres homossexuais e surdas de nascimento, escolheram o sêmen de um doador surdo para que seus filhos também o fossem, acrescentando que a surdez é só uma forma diferente de normalidade.
O filósofo Peter Singer comentou sobre esse caso:
“Os adultos podem, se esse for seu desejo, optar por tapar os seus ouvidos e utilizar a linguagem de sinais, mas estas mães estão escolhendo deliberadamente reduzir as possibilidades que estariam abertas a seus filhos”. E acrescentou: “Privaram seus filhos de uma capacidade, a de ouvir, que quase todo mundo valoriza. Elas alegam que a surdez é só uma forma diferente de normalidade, mas dizer que a capacidade de ouvir é neutra parece equivocado, pois é melhor ter mais sentidos do que viver sem eles. Sem esse sentido não podemos ouvir cantar os pássaros no bosque, nem a música de Beethoven, nem um grito avisando-nos de um perigo.”
A polêmica sobre a surpreendente decisão desse casal desencadeou um debate ético em todo o mundo que ainda parece estar muito longe de terminar.
Fonte: Javier Sampedro por El Pais. Tradução por
Hospital é credenciado a fazer implante pelo SUS, e entidade critica cirurgia
Além do Dilson Godinho,em Montes Claros, o Governo federal credenciou mais três instituições no Estado: Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte; Samaritano, em Governador Valadares; e Maria José Baeta Reis, em Juiz de Fora. Esses serão os primeiros municípios a poder realizar a cirurgia na rede pública em Minas Gerais. O procedimento auxilia na recuperação da audição de pacientes com surdez, por meio da implantação de uma prótese conhecida como “ouvido biônico”.
O Ministério da Saúde vai repassar R$ 4,4 milhões por ano para o custeio do novo serviço. A estimativa é a de que sejam feitas até 96 cirurgias por ano, nos quatro hospitais. No implante coclear, um aparelho computadorizado é colocado dentro da cóclea, na parte interna do ouvido. Ele capta os sons e os transforma em sinal elétrico, que é interpretado no cérebro como estímulo sonoro. Além desse dispositivo, o equipamento conta com um processador de fala que fica fora do ouvido.
De acordo com especialistas, o funcionamento desse equipamento difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual, pois possibilita ao usuário perceber o som, e não simplesmente aumentá-lo. Ele deverá ser utilizado por pacientes que obtêm pouco ou nenhum benefício com a Amplificação Sonora.
“Esse processo traz nova perspectiva para os portadores de deficiência auditiva. O equipamento permite que pessoas que nunca ouviram ou deixaram de ouvir recuperem a audição”, afirma a coordenadora de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, Maria Inez Gadelha.
O implante coclear começou a ser feito pelo SUS em 2000 e, atualmente, 11 unidades no país estão autorizadas a realizar o procedimento. De acordo com dados do ministério, no ano passado, houve 417 implantes na rede pública e, de 2000 a setembro deste ano, já foram feitas 2 mil cirurgias. O órgão repassa R$ 91.600 para o atendimento de cada paciente. Além do custeio da cirurgia, o valor inclui o preparo do portador de deficiência, com testes de próteses auditivas, avaliação fonoaudiológica e reabilitação.
A portaria que autoriza o hospital de Montes Claros a realizar o procedimento foi assinada no dia 25 de novembro, pelo secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame, em solenidade que contou com a participação do deputado federal José Saraiva Felipe, ex-ministro da Saúde, e do médico montes-clarense Odilio Ribeiro Mendes.
Saraiva Felipe afirma que o serviço alia capacitação de equipe médica e tecnologia de ponta, vai reduzir a fila de pacientes e evitará o deslocamento para São Paulo, onde a cirurgia já era realizada pelo SUS. “Temos profissionais altamente qualificados e o credenciamento é uma antiga reivindicação nossa”, alega.
De acordo com o médico otorrinolaringologista Odílio Ribeiro Mendes, o implante coclear é indicados para portadores de surdez neurossensorial de severa a profunda, decorrente de fatores como surdez congênita, doenças genéticas ou o próprio processo natural de envelhecimento, “quando os aparelhos auditivos clássicos não apresentam resultados satisfatórios”.
A diretora da Associação dos Surdos de Montes Claros, Veronicia Andressa Leite, professora do Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento aos Surdos, afirma que o “ouvido biônico” é polêmico, pois muitos especialistas seriam contra a cirurgia, por considerá-la agressiva.
Segundo ela, muitos portadores de deficiência auditiva consideram o implante uma imposição e se recusam a fazê-lo. “Só uma associada da entidade fez a cirurgia”, alega. Veronicia Leite diz que dados da Unicef apontam que 1,5% da população tem surdez, e Montes Claros conta com cerca de 4.200 portadores.
http://www.hojeemdia.com.br/
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
ESCOLA IDEAL/ SEGURANÇA E AUTONOMIA
sábado, 19 de dezembro de 2009
PARA TRABALHAR MATEMÁTICA COM SURDOS
PARA TRABALHAR MATEMÁTICA COM SURDOS
Dentre os teóricos que contribuíram para o jogo se tornar uma proposta metodológica –
com base científica – para a educação matemática, destaca as contribuições de Piaget e
Vygostsky. Mesmo com algumas divergências teóricas, estes autores defendem a participação
ativa do aluno no processo de aprendizagem. A principal questão é a que separa os enfoques
cognitivos atuais entre o desenvolvimento e a concepção de aprendizagem. Segundo Piaget, a
atividade direta do aluno sobre os objetos do conhecimento é o que ocasiona aprendizagem –
ação do sujeito mediante o equilíbrio das estruturas cognitivas, o que sustenta a aprendizagem
é o desenvolvimento cognitivo.
A aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. Nesta concepção de
aprendizagem "... o jogo é elemento do ensino apenas como possibilitador de colocar o
pensamento do sujeito como ação. O jogo é o elemento externo que irá atuar internamente no
sujeito, possibilitando-o a chegar a uma nova estrutura de pensamento" (Moura, 1994, p. 20).
Dependendo do papel que o jogo exerce na construção dos conceitos matemáticos, seja como
material de ensino, seja como o de conhecimento feito ou se fazendo, tem as polêmicas
teóricas entre os autores. Na concepção Piagetiana, o jogo assume a característica de
promotor da aprendizagem da criança. Ao ser colocado diante de situações de brincadeira, a
criança compreende a estrutura lógica do jogo e, conseqüentemente, a estrutura matemática
presente neste jogo.
A operacionalização e análise destas idéias podem ser feitas em Kami & Declark
(1994, p. 169). Segundo essas autoras, os "jogos em grupo fornecem caminhos para um jogo
estruturado no qual eles [os alunos] são intrinsecamente motivados a pensar e a lembrar as
combinações numéricas. Jogos em grupo permitem também que as crianças decidam qual
jogo elas querem jogar, quando e com quem. Finalmente, esses jogos incentivam interação
social e competição". Para Vygotsky, o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo,
que se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso
requer um planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está
inserido (conceitos matemáticos e culturais).
O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir a
manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente,
a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança" (Kishimoto, 1994, p. 22).
Através do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do lúdico na escola,
não só como sinônimo de recreação e entretenimento. Muito mais do que um simples material
instrucional, ele permite o desenvolvimento da criatividade, da iniciativa e da intuição. Enfim, do
prazer, elemento indispensável para que ocorra aprendizagem significativa. Ensinar
matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a
criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Para ler na integra este texto:www.pr.senai.br/.../Jogos_Matemáticos%5B23430%5D.pdf
Idéias para ensinar português para alunos surdos acesse:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/port_surdos.pdf
Bjs da Equipe "Cidadão Independênte"!
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
PRIMEIRO DIA DE AULA DE UM ALUNO SURDO
Aluno 16 anos, 1º ano do Ensino Médio, masculino.
Na semana de planejamento que temos na escola a supervisão nos comunicou que teríamos um aluno surdo no 1º ano do Ensino Médio, e disse que ele não sabe libras. Fiquei preocupada, por que não tivemos nenhuma preparação para trabalhar com alunos surdos, mas comecei a pesquisar como poderia trabalhar com esse aluno, e verifiquei que não seria tão fácil, pois, não temos uma interprete para os alunos surdos na escola.
No primeiro dia de aula iria apresentá-lo a turma, fazendo a interação entre todos os alunos e pedir a colaboração dos colegas que mais se identificar com ele para auxiliá-lo sempre que possível. Procurar falar devagar para que ele possa fazer a leitura labial, usar alguns sinais e exemplos escritos no quadro, para melhor compreensão. Combinar com o aluno surdo que se sente na primeira carteira e de preferência em uma das filas do meio.
As estratégias ou alternativas utilizadas serão diferenciadas dos demais alunos.
Averiguar quais os tipos de linguagem que o aluno surdo utiliza (oral, escrita, língua de sinais, gestos padronizados, leitura labial, entre outros), para facilitar a comunicação entre docente e aluno;
Durante as aulas o professor deverá fazer suas explanações; Sempre de frente para o surdo, falando nem muito rápido, nem muito devagar com movimentos labiais adequados, articulando corretamente os fonemas. Nunca dar explicações de costas e escrevendo na lousa, bem como, não caminhar na sala enquanto realiza explicações;
Explanar as aulas de forma expositiva utilizando recursos gráficos e visuais, como: cartazes, gravuras, fotos e outros. A visão é considerada a principal via de aprendizado e informação do aluno surdo e o uso de materiais concretos facilitarão o aprendizado.
Procurar incluí-lo sempre que houver trabalhos em grupos.
Elaborar provas diferenciadas dos demais alunos utilizando perguntas sucintas e objetivas com vocabulário claro e com sinônimo de palavras (ou dicionário) que facilitem a compreensão, porem não alterando o conteúdo;
Para uma melhor comunicação, utilizar expressão facial e corporal significativas;
A participação da família ajuda em qualquer caso, mas, se o aluno é surdo, a conversa precisa ser mais constante e aprofundada. Descubra como é a comunicação em casa, desde a linguagem utilizada até o que mais chama a atenção da criança.
Converse com outros docentes do aluno, de disciplinas diferentes ou anos anteriores. Procure repetir experiências de sucesso e pergunte também o que não funcionou para evitar os mesmos erros. Busque exemplos em outras unidades de ensino.
Essas são apenas algumas orientações que devemos seguir, existem outras e estarão disponíveis no blog.(http://surdoindependente.blogspot.com/)
ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO COM ALUNOS SURDOS
Prezado professor:
Aqui você encontrará algumas orientações para o trabalho com alunos surdos, em sala de aula.
Lembre-se que a falta de audição no aluno proporciona alterações na linguagem oral e escrita às quais deverão ser consideradas. As estratégias ou alternativas utilizadas serão diferenciadas dos demais alunos.
Ø Averiguar quais os tipos de linguagem que o aluno surdo utiliza (oral, escrita, língua de sinais, gestos padronizados, leitura labial, entre outros), para facilitar a comunicação entre docente e aluno;
Ø Informar o aluno quanto ao uso do aparelho auditivo, reforçando sobre a importância de usá-lo nas aulas, para facilitar seu aprendizado;
Ø Durante as aulas o professor deverá fazer suas explanações; Sempre de frente para o surdo, falando nem muito rápido, nem muito devagar com movimentos labiais adequados, articulando corretamente os fonemas. Nunca dar explicações de costas e escrevendo na lousa, bem como, não caminhar na sala enquanto realiza explicações;
Ø Na sala de aula, combinar com o aluno surdo que se sente na primeira carteira e de preferência em uma das filas do meio;
Ø O conteúdo e materiais referentes à disciplina deverão ser entregues ao aluno pelo professor no inicio de cada bimestre/ semestre, ou com antecedência para que possa se organizar antecipadamente e receber apoio;
Ø Realizar antecipadamente as anotações importantes na lousa, incluindo comunicação externa e interna (datas das provas, entrega de trabalhos, cursos, outros cronogramas, etc.) revendo se o aluno sua agenda diariamente.
Ø Explanar as aulas de forma expositiva utilizando recursos gráficos e visuais, como: cartazes, gravuras, fotos e outros. A visão é considerada a principal via de aprendizado e informação do aluno surdo e o uso de materiais concretos facilitaram o aprendizado, uma vez que conteúdos abstratos dificultam o processo.
Ø Procurar incluí-lo sempre que houver trabalhos em grupos, pois, ele se sente, muitas vezes, envergonhado e rejeitado perante os demais.
Ø Elaborar provas diferenciadas dos demais alunos utilizando perguntas sucintas e objetivas com vocabulário claro e com sinônimo de palavras (ou dicionário) que facilitem a compreensão, porem não alterando o conteúdo;
Ø No processo de avaliação, respeitar a forma de escrita do aluno surdo, levando em consideração a não adequação dos verbos, artigos, pronomes, concordância, entre outros e considerando o conteúdo existente, ex. na frase “O uso de instrumentos adequados, favorece a compreensão e facilita a aprendizagem”, é de se esperar que o surdo escreva:” Instrumentos o uso compreensão e aprendizado”.
Ø Criar estratégias diferenciadas para avaliar proporcionando ao aluno surdo expressar por meio de sinais, gestos, mímicas, LIBRAS, desenhos, escrita, entre outros. A avaliação pode ser diferenciada dos demais alunos ouvintes, sendo necessário reduzir o numero de questões dissertativas e diferenciando o peso das questões sem, contudo alterar o conteúdo, buscando adequar “necessidade do aluno surdo”;
Ø Ao utilizar recursos áudio – visuais (TV, Vídeo, DVD), apresentar somente legendado, pois o aluno surdo não apresenta percepção auditiva, necessitando exclusivamente de apoio visual. Caso não seja legendado deverá ser feito resumo escrito do filme e/ ou documentário para ser entregue ao aluno;
Ø Ao chamar a atenção do aluno não realizar sons drásticos (batidas na mesa e na lousa) para evitar fadiga auditiva, sendo que a prótese auditiva tem como objetivo amplificar o som, causando assim, um desconforto auditivo para o aluno surdo, assim se precisar falar com um surdo, chamar a atenção dele tocando levemente o seu ombro;
Ø Procurar demonstrar interesse pela sua dificuldade, porem, jamais facilitar, dispensar das atividades ou não cobrar suas obrigações.
Ø O interprete ou tradutor (no caso de haver) atuará como mediador entre o docente e o aluno, tanto na comunicação oral quanto na escrita. O interprete é importante para o acompanhamento do aluno surdo, porém, a comunicação entre o docente e o aluno surdo sempre deverá ocorrer;
Ø Quando não entender o que um surdo está falando, solicitar repetição e se for preciso escrever, desenhar e/ou mostrar gravuras e objetos concretos. O mais importante é que haja comunicação;
Ø Para uma melhor comunicação, utilizar expressão facial e corporal significativas;
Ø Na presença de um surdo nunca falar dele, já que não pode escutar, prestará muita atenção aos gestos que poderão organizar conclusões errôneas;
Ø Estimular para que todos os alunos falem com o surdo objetivando sua maior integração com os colegas;
Ø Integrá-lo nas atividades acadêmicas juntamente com os demais alunos;
Ø Observar se o aluno surdo está atento antes de iniciar uma comunicação oral com ele, caso contrário chame sua atenção, tocando-ó levemente.
TODO SURDO GOSTA QUANDO SE TENTA CONVERSAR COM ELE.
EXPERIMENTE.
Sala de Recursos – DA
Fone: 3355 6073