A sugestão é de considerar que o aluno está começando seu ano letivo.
Aluno 16 anos, 1º ano do Ensino Médio, masculino.
Na semana de planejamento que temos na escola a supervisão nos comunicou que teríamos um aluno surdo no 1º ano do Ensino Médio, e disse que ele não sabe libras. Fiquei preocupada, por que não tivemos nenhuma preparação para trabalhar com alunos surdos, mas comecei a pesquisar como poderia trabalhar com esse aluno, e verifiquei que não seria tão fácil, pois, não temos uma interprete para os alunos surdos na escola.
No primeiro dia de aula iria apresentá-lo a turma, fazendo a interação entre todos os alunos e pedir a colaboração dos colegas que mais se identificar com ele para auxiliá-lo sempre que possível. Procurar falar devagar para que ele possa fazer a leitura labial, usar alguns sinais e exemplos escritos no quadro, para melhor compreensão. Combinar com o aluno surdo que se sente na primeira carteira e de preferência em uma das filas do meio.
As estratégias ou alternativas utilizadas serão diferenciadas dos demais alunos.
Averiguar quais os tipos de linguagem que o aluno surdo utiliza (oral, escrita, língua de sinais, gestos padronizados, leitura labial, entre outros), para facilitar a comunicação entre docente e aluno;
Durante as aulas o professor deverá fazer suas explanações; Sempre de frente para o surdo, falando nem muito rápido, nem muito devagar com movimentos labiais adequados, articulando corretamente os fonemas. Nunca dar explicações de costas e escrevendo na lousa, bem como, não caminhar na sala enquanto realiza explicações;
Explanar as aulas de forma expositiva utilizando recursos gráficos e visuais, como: cartazes, gravuras, fotos e outros. A visão é considerada a principal via de aprendizado e informação do aluno surdo e o uso de materiais concretos facilitarão o aprendizado.
Procurar incluí-lo sempre que houver trabalhos em grupos.
Elaborar provas diferenciadas dos demais alunos utilizando perguntas sucintas e objetivas com vocabulário claro e com sinônimo de palavras (ou dicionário) que facilitem a compreensão, porem não alterando o conteúdo;
Para uma melhor comunicação, utilizar expressão facial e corporal significativas;
A participação da família ajuda em qualquer caso, mas, se o aluno é surdo, a conversa precisa ser mais constante e aprofundada. Descubra como é a comunicação em casa, desde a linguagem utilizada até o que mais chama a atenção da criança.
Converse com outros docentes do aluno, de disciplinas diferentes ou anos anteriores. Procure repetir experiências de sucesso e pergunte também o que não funcionou para evitar os mesmos erros. Busque exemplos em outras unidades de ensino.
Essas são apenas algumas orientações que devemos seguir, existem outras e estarão disponíveis no blog.(http://surdoindependente.blogspot.com/)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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