JOGOS MATEMÁTICOS UMA DAS FORMAS MAIS EFICAZES
PARA TRABALHAR MATEMÁTICA COM SURDOS
Dentre os teóricos que contribuíram para o jogo se tornar uma proposta metodológica –
com base científica – para a educação matemática, destaca as contribuições de Piaget e
Vygostsky. Mesmo com algumas divergências teóricas, estes autores defendem a participação
ativa do aluno no processo de aprendizagem. A principal questão é a que separa os enfoques
cognitivos atuais entre o desenvolvimento e a concepção de aprendizagem. Segundo Piaget, a
atividade direta do aluno sobre os objetos do conhecimento é o que ocasiona aprendizagem –
ação do sujeito mediante o equilíbrio das estruturas cognitivas, o que sustenta a aprendizagem
é o desenvolvimento cognitivo.
A aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. Nesta concepção de
aprendizagem "... o jogo é elemento do ensino apenas como possibilitador de colocar o
pensamento do sujeito como ação. O jogo é o elemento externo que irá atuar internamente no
sujeito, possibilitando-o a chegar a uma nova estrutura de pensamento" (Moura, 1994, p. 20).
Dependendo do papel que o jogo exerce na construção dos conceitos matemáticos, seja como
material de ensino, seja como o de conhecimento feito ou se fazendo, tem as polêmicas
teóricas entre os autores. Na concepção Piagetiana, o jogo assume a característica de
promotor da aprendizagem da criança. Ao ser colocado diante de situações de brincadeira, a
criança compreende a estrutura lógica do jogo e, conseqüentemente, a estrutura matemática
presente neste jogo.
A operacionalização e análise destas idéias podem ser feitas em Kami & Declark
(1994, p. 169). Segundo essas autoras, os "jogos em grupo fornecem caminhos para um jogo
estruturado no qual eles [os alunos] são intrinsecamente motivados a pensar e a lembrar as
combinações numéricas. Jogos em grupo permitem também que as crianças decidam qual
jogo elas querem jogar, quando e com quem. Finalmente, esses jogos incentivam interação
social e competição". Para Vygotsky, o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo,
que se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso
requer um planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está
inserido (conceitos matemáticos e culturais).
O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir a
manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente,
a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança" (Kishimoto, 1994, p. 22).
Através do jogo, temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do lúdico na escola,
não só como sinônimo de recreação e entretenimento. Muito mais do que um simples material
instrucional, ele permite o desenvolvimento da criatividade, da iniciativa e da intuição. Enfim, do
prazer, elemento indispensável para que ocorra aprendizagem significativa. Ensinar
matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a
criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Para ler na integra este texto:www.pr.senai.br/.../Jogos_Matemáticos%5B23430%5D.pdf
sábado, 19 de dezembro de 2009
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