quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO COM ALUNOS SURDOS

Prezado professor:

Aqui você encontrará algumas orientações para o trabalho com alunos surdos, em sala de aula.

Lembre-se que a falta de audição no aluno proporciona alterações na linguagem oral e escrita às quais deverão ser consideradas. As estratégias ou alternativas utilizadas serão diferenciadas dos demais alunos.

Ø Averiguar quais os tipos de linguagem que o aluno surdo utiliza (oral, escrita, língua de sinais, gestos padronizados, leitura labial, entre outros), para facilitar a comunicação entre docente e aluno;

Ø Informar o aluno quanto ao uso do aparelho auditivo, reforçando sobre a importância de usá-lo nas aulas, para facilitar seu aprendizado;

Ø Durante as aulas o professor deverá fazer suas explanações; Sempre de frente para o surdo, falando nem muito rápido, nem muito devagar com movimentos labiais adequados, articulando corretamente os fonemas. Nunca dar explicações de costas e escrevendo na lousa, bem como, não caminhar na sala enquanto realiza explicações;

Ø Na sala de aula, combinar com o aluno surdo que se sente na primeira carteira e de preferência em uma das filas do meio;

Ø O conteúdo e materiais referentes à disciplina deverão ser entregues ao aluno pelo professor no inicio de cada bimestre/ semestre, ou com antecedência para que possa se organizar antecipadamente e receber apoio;

Ø Realizar antecipadamente as anotações importantes na lousa, incluindo comunicação externa e interna (datas das provas, entrega de trabalhos, cursos, outros cronogramas, etc.) revendo se o aluno sua agenda diariamente.

Ø Explanar as aulas de forma expositiva utilizando recursos gráficos e visuais, como: cartazes, gravuras, fotos e outros. A visão é considerada a principal via de aprendizado e informação do aluno surdo e o uso de materiais concretos facilitaram o aprendizado, uma vez que conteúdos abstratos dificultam o processo.

Ø Procurar incluí-lo sempre que houver trabalhos em grupos, pois, ele se sente, muitas vezes, envergonhado e rejeitado perante os demais.

Ø Elaborar provas diferenciadas dos demais alunos utilizando perguntas sucintas e objetivas com vocabulário claro e com sinônimo de palavras (ou dicionário) que facilitem a compreensão, porem não alterando o conteúdo;

Ø No processo de avaliação, respeitar a forma de escrita do aluno surdo, levando em consideração a não adequação dos verbos, artigos, pronomes, concordância, entre outros e considerando o conteúdo existente, ex. na frase “O uso de instrumentos adequados, favorece a compreensão e facilita a aprendizagem”, é de se esperar que o surdo escreva:” Instrumentos o uso compreensão e aprendizado”.

Ø Criar estratégias diferenciadas para avaliar proporcionando ao aluno surdo expressar por meio de sinais, gestos, mímicas, LIBRAS, desenhos, escrita, entre outros. A avaliação pode ser diferenciada dos demais alunos ouvintes, sendo necessário reduzir o numero de questões dissertativas e diferenciando o peso das questões sem, contudo alterar o conteúdo, buscando adequar “necessidade do aluno surdo”;

Ø Ao utilizar recursos áudio – visuais (TV, Vídeo, DVD), apresentar somente legendado, pois o aluno surdo não apresenta percepção auditiva, necessitando exclusivamente de apoio visual. Caso não seja legendado deverá ser feito resumo escrito do filme e/ ou documentário para ser entregue ao aluno;

Ø Ao chamar a atenção do aluno não realizar sons drásticos (batidas na mesa e na lousa) para evitar fadiga auditiva, sendo que a prótese auditiva tem como objetivo amplificar o som, causando assim, um desconforto auditivo para o aluno surdo, assim se precisar falar com um surdo, chamar a atenção dele tocando levemente o seu ombro;

Ø Procurar demonstrar interesse pela sua dificuldade, porem, jamais facilitar, dispensar das atividades ou não cobrar suas obrigações.

Ø O interprete ou tradutor (no caso de haver) atuará como mediador entre o docente e o aluno, tanto na comunicação oral quanto na escrita. O interprete é importante para o acompanhamento do aluno surdo, porém, a comunicação entre o docente e o aluno surdo sempre deverá ocorrer;

Ø Quando não entender o que um surdo está falando, solicitar repetição e se for preciso escrever, desenhar e/ou mostrar gravuras e objetos concretos. O mais importante é que haja comunicação;

Ø Para uma melhor comunicação, utilizar expressão facial e corporal significativas;

Ø Na presença de um surdo nunca falar dele, já que não pode escutar, prestará muita atenção aos gestos que poderão organizar conclusões errôneas;

Ø Estimular para que todos os alunos falem com o surdo objetivando sua maior integração com os colegas;

Ø Integrá-lo nas atividades acadêmicas juntamente com os demais alunos;

Ø Observar se o aluno surdo está atento antes de iniciar uma comunicação oral com ele, caso contrário chame sua atenção, tocando-ó levemente.

TODO SURDO GOSTA QUANDO SE TENTA CONVERSAR COM ELE.

EXPERIMENTE.



Sala de Recursos – DA

Fone: 3355 6073


2 comentários:

  1. Olá, grupo!

    Quando vocês dizem: "Elaborar provas diferenciadas dos demais alunos utilizando perguntas sucintas e objetivas", não corremos o risco de "facilitar" as coisas e, com isso, prejudicar o desenvolvimento do/a aluno/a surdo/a?

    Bjkas, Sonia.

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  2. Na realidade a maioria dos alunos surdos têm atraso na escrita de quatro anos,devido a diferença entre a expressão escrita e Libras. A prova diferenciada, não quer dizer mais fácil, mas de acordo com o nivel de compreensão E conhecimento da estrutura formal do idioma.Mas o conteúdo a ser avaliado será o mesmo de toda a turma.

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